segunda-feira, 29 de março de 2010

Minha experiência com a síndrome do pânico

Tenho sentido sintomas de pânico desde a faculdade de direito. Lembro-me que, minha primeira crise, foi num intervalo de aulas, quando olhei para baixo (estava no 3º andar) e tive uma tontura séria, uma impressão de queda e morte.
Desse dia em diante fiz uma via sacra em cardiologistas, neurologistas, até chegar em um médico de Campinas, que finalmente diagnosticou meu problema como síndrome do pânico.
A sensação que se tem no momento da crise é horrível. O corpo parece não mais obedecer, o coração dispara, há falta de ar, suor frio e a nítida sensação de que a morte está bem próxima e que não há saída para tudo aquilo. É horripilante, algo que não se deseja a ninguém. Você perde completamente o controle da sua vida.
Em crise, eu não consigo parar quieta, começo a dizer repetidas vezes, que vou morrer, que não agüento mais aquilo, que não tenho forças para suportar. Peço a alguém que me leve para o hospital mais próximo (já cheguei a atravessar toda a cidade dirigindo, só para poder entrar no hospital em que tenho convênio. Cada sinal fechado era uma tortura sem fim). Peço a pessoa que não me deixe, que não permita que eu morra, que me ampare e me dê alguma saída.
As pessoas que não sabem lidar com a situação, inicialmente se apavoram também, por pensarem que estou tendo crises de infarto ou algo assim. Mas sempre deixo claro a todos que me conhecem que tenho síndrome do pânico e que, caso eu venha a ter uma crise perto delas, que apenas tentem me acalmar, ou me levar a algum lugar em que me sinta segura (geralmente só o hospital mesmo).
Essas crises vêm do nada, posso estar em casa, à toa, assistindo televisão e de repente: lá está ela tomando conta de mim novamente. Podem ocorrer na rua, em lugares cheios e fechados, em companhia de estranhos, em companhia de conhecidos, no meio do expediente, depois de um delicioso jantar, durante uma simples caminhada, enfim, essa síndrome não escolhe hora nem local para acontecer.
Em crise, além dos sintomas somáticos, como suor e taquicardia, fico com o pensamento em looping, ou seja, uma idéia fixa (geralmente ruim) que não sai da cabeça por nada e que só agrava a crise. Parece que não há saída alguma e que tudo o que vivi foi em vão.
Descobri, através de textos espíritas que isso não se trata de obsessão, propriamente dita. Se a pessoa for médium ela poderá desenvolver crises de pânico um pouco mais acentuadas, por interferência de espíritos não muito evoluídos que se aproveitam da situação para brincarem. O mais provável, verificado em regressões, é o fato da maioria das pessoas que apresentam síndrome do pânico, terem tido uma morte violenta e/ou terem cometido suicídio, ficando gravada no perispírito essa sensação de morte.
Não sei se me matei ou se morri de forma violenta. O que passou agora não importa. Preciso realmente de tratamento medicamentosos. Eles ajudam muito, não viciam e você consegui conviver bem com a sua rotina.
Também estou aprendendo a não levar as coisas a ferro e fogo, como dizem. Estou deixando a mania de perfeição de lado, procuro não pensar no dia de amanhã. Busco não planejar o resultado das coisas como eu gostaria que acontecessem. Tenho esquecer meus problemas e não ir dormir com nenhum deles.
Desde que compreendi que da vida nada se leva, já fiz algumas evoluções mentais, tais como: não me preocupar com o dinheiro de forma excessiva, não deixar de ter ou curtir alguma coisas só para deixar para outro dia, sempre dizer a quem eu amo que realmente o amo. Nunca deixar de ajudar alguém, entre outras coisas. É um processo demorado, cansativo, mas que dá resultados a médio e longo prazo.
Uma coisa que não consegui ainda foi estabelecer uma rotina de atividades físicas. Elas são fundamentais para um portador de síndrome do pânico, porque auxiliam na produção de serotonina, hormônio responsável pela sensação de prazer e bem estar. Isso eu preciso resolver, mas já estou pensando em me matricular numa academia de tênis.
Outra questão também que preciso resolver, é o fato de misturar álcool com os remédios para pânico. O dr. Jairo já me disse que fisicamente não há problemas mais sérios nessa interação. A questão fundamental é que o álcool agrava as crises, principalmente no dia seguinte, pois é um inibidor da produção de hormônios fundamentais ao bem estar, além de ter efeitos depressivos.
Bom, estou na luta. Só queria relatar essa questão, porque sei que muitas pessoas passam ou podem vir a passar com isso e deixar claro que a síndrome do pânico, por pior que seja, não mata, você não vai morrer, procure relaxar, fazer algum cálculo matemático, jogar vídeo game, conversar, sair da sua casa, qualquer coisa que faça com que sua mente se distraia e saia daquela loucura.
Tenho feito isso e muito mais.

Síndrome do Pânico na Visão Espírita

O que é Síndrome do Pânico?

Resposta: É uma vivência geralmente abrupta sem motivos aparentes levando o indivíduo portador a um estado de pavor, medo de morrer e de enlouquecer, como sentimento de estranheza e varias sintomas orgânicos tais como aquicardia, sudorese, mau estar, boca seca, falta de ar e outros.

Quais são as medidas profiláticas dessa síndrome?
Resposta: Toda e qualquer atitude salutar diante da vida.

Quais são as causas da síndrome do pânico?Orgânicas-genéticas ou espirituais (obsessivas)?
Resposta: A ciência oficial ainda não tem uma causa definida e clara para esta síndrome. Somos do parecer pelos estudos que já fizemos que o núcleo central da síndrome do pânico está na reencarnação transata quando o individuo teve uma morte violenta prematura por acidente ou suicídio. Nas regressões de memórias que submetemos a alguns clientes com essa síndrome encontramos em todas uma morte traumática. A dificuldade em desvenciliar-se do corpo físico morto, sentindo as consequências de sua decomposição, fixa no perispirito das pessoas aquelas impressões desagradáveis que o corpo físico da seguinte reencarnação, não consegue apagar. De uma maneira geral temos observado que pessoas que têm síndrome do pânico tem medo de cemitério e não gostam de frequentar velórios, ou seja, evitam inconscientemente aqueles locais aonde sofreram muito. Quanto à parte genética, há a possibilidade de transmissão autossômica dominante com reentrância parcial do gene do cromossomo 16.

Como podemos viver em harmonia com alguém que sofre dessa síndrome?
Resposta: Primeiro entendendo que se trata de uma pessoa enferma necessitando de compreensão e apoio. Segundo, auxiliando-o em seu tratamento especializado.

Na pratica do dia a dia, como podemos ajudar a um companheiro que possui a síndrome do pânico?
Resposta: Procurando entender o seu sofrimento e fazendo a ele o que você gostaria que fosse feito a você, como por exemplo, evitando criticas exigências que ela não dá conta de fazer.

Sensação de medo do futuro, ansiedade, tontura gerando insegurança, sensação de falta de ar, são possíveis sintomas da síndrome do pânico? A síndrome do pânico pode ser confundida com a aproximação de energias estranhas à nossa?
Resposta: Não, estão mais parecidos com crise de ansiedade. Com energias estranhas sim, principalmente se a pessoa for médium.

Gostaria de saber se a obsessão é sempre a causa desta síndrome, e se devemos tomar remédios controlados para amenizar as crises já que estes viciam e afetam o perispirito, e também sobre a terapia de regressão se é talvez o caminho para a cura?
Resposta: Primeiro há um engano na afirmação. Síndrome do pânico não tem ao nosso ver como causa a obsessão.Isso é vicio de interpretação de espíritas mal informados que afirmam que tudo que um individuo sente em nível mental ou é
obsessão ou mediunidade. Isso revela desconhecimento das obras de Kardec.Um processo obsessivo agrava um quadro de síndrome do pânico, mais isso não quer dizer que seja a etiologia da mesma. Quem tem síndrome do pânico necessita de tratamento especializado. Quanto ao fato dos medicamentos afetarem o perispirito, isso é uma verdade somente se o individuo usa o medicamento de maneira abusiva e não procura fazer nada que venha a modificar as suas atitudes
diante da vida. A regressão de memória pode ser muito útil para o paciente portador dessa síndrome.

Atualmente estou ficando com a língua, os braços e as pernas dormentes, sem contar com a sensação de perda de consciência e sensação de falência. Já realizei vários exames e fui a diversos especialistas, todos me dizem que estou com síndrome do pânico. Tenho discordado, pois além de não estar com medo de sair de casa e das pessoas (o que é um sintoma), essas crises aparecem nosmomentos de maior relaxamento. Tenho a impressão que essa sensação tem influencia espiritual. Pergunto: é possível associar esses sintomas com a questão espiritual?
Resposta: Acreditamos que sim, embora falte ainda uma analise mais detalhada para suspeitarmos de síndrome do pânico.

Como lidar com esta síndrome com um filho adulto e espírita?
Resposta: Por ser espírita seu filho tem mais recursos para lidar com a doença embora tenha necessidades de tratamento medico. Os recursos espíritas ajudam a amenizar as influenciaçoes espirituais o que pode aliviar muito a sobrecarga
sobre o paciente. Porem repetimos que ele necessita de tratamento especializado.Você pode encentivá-lo a procurar tais ajudas.

A síndrome do pânico pode atingir alguém que mora em uma cidade pacata, do interior?
Resposta: Perfeitamente.

A síndrome do pânico não deveria ser tratada como obsessão? Por que espíritas se refugiam na medicina quando não querem enfrentar a causa espiritual primaria de muitas doenças?
Resposta: Não porque não é simplesmente uma obsessão. Trata-se de uma nosologia medica com tratamento medico. Querer tratar problemas psicológicos e orgânicos somente com recursos espirituais é não aceitar a realidade e muitas vezes refugiar-se na doutrina espírita para não aceitar que está doente. O inverso também ocorre como você está dizendo. Tem muitos espíritas que refugiam-se em consultórios médicos quando na realidade deveriam assumir as suas necessidades espirituais.

Onde eu poderia ter algum esclarecimento sobre o tema?
Resposta: Dentre muitas revistas medicas e livros que versam sobre o assunto, existe um livro com o titulo “pânico” de Mario Eduardo Costa Pereira muito bom.

Até que ponto a mente influencia no comportamento do individuo e o ajuda a conquistar o que deseja, tanto material quanto espiritual?
Resposta: A mente está na base de todos fenômenos humanos. Uma vontade firme determinada é capaz de realizar prodígios muitas vezes inimagináveis por nós. Como dizia Eistein é preciso crer para ver.

Quando se acorda, sentindo um medo que não se sabe de que, um vazio, apesar de ter inúmeras atividades, isso é síndrome do pânico?
Resposta: Não. É bem provável que sejam vivencias obsessivas ou admoestações feitas por mentores nos orientando que estamos fora do caminho programado.

Como diferenciar síndrome do pânico de uma influenciarão, uma aproximação de alguma entidade espiritual?
Resposta: A síndrome do pânico apresenta sintomas característicos embora, alguns possam confundirem-se com influenciaçao espiritual. Uma influenciaçao de tamanha proporção já esta nas raias da obsessão e essa apresenta outras
características. Os pesadelos persecutórios com despertar na madrugada com medo, insônia por medo de dormir,irritabilidades constantes crises de ansiedades sem outros sintomas físicos, mudanças de humor constantemente,
idéias esquisitas invadindo a mente do individuo, aversões sem justificativas, pensamentos suicidas e outros quase sempre estão presentes nas obsessões.

Ocupar o nosso tempo com atividades úteis, alegres, participativas auxiliam o tratamento de pessoas que tem síndrome do pânico?
Resposta: Muito porque elevam o padrão mental da pessoa, fazendo-a vibrar numa oitava a cima do normal dela,dificultado as incursões inconsciente da mente nos dramas passados que ao nosso ver são as verdadeiras causas da síndrome do pânico.

Não sei se aplica ao pânico, mas como se analisa a questão do medo advindo de experiências nessa existência que minaram a confiança da pessoa ( ex.. sofrer atos de violência física ou mental, acidentes, etc )? Qual o melhor caminho para se desvencilhar desse medo?
Resposta: Essas experiências traumáticas muitas vezes tornam o individuo mais sensível e costumam despertar dificuldades ocultas que até então estavam sobre controle em seu campo mental.Nesses casos o bom seria procurar um profissional competente que ajudasse a pessoa a se dessensibilizar-se desses traumas. Existem técnicas de tratamento para isso.

O que fazer quando percebo que a “crise” está começando... o coração passa de 220 batimentos por minuto... tenho medo de enfartar ( o cardiologista falou que não tenho nada no coração). Eu começo a orar, peço ajuda,mas parece que não consigo evitar...estou tomando passe e água fluidificada.
Resposta: Normalmente é isso que acontece. As pessoas dizem: rezo, rezo, rezo e não melhoro vou ao centro tomo passe água fluidificada e nada será que Deus esqueceu de mim? A sua questão vem reafirmar o que estamos dizendo: paciente com síndrome do pânico necessita de tratamento especializado, alem da ajuda espiritual.

Senti-me mal e foi diagnosticada síndrome do pânico. Sou espírita e fiquei com uma interrogação : ouvi dizer que tem a ver com falta de fé, mas não me considero sem ela. Isto é correto?
Resposta: As maiores dificuldades que temos na vida realmente é por falta de fé. Mas no caso da síndrome do pânico isto não é apanágio da falta de fé propriamente dito.

Teria a síndrome do pânico algum papel punitivo ou educativo na encarnação?
Resposta: Punitivo não porque Deus não pune os seus filhos que erram porque são ignorantes. Essa idéia de punição são resquícios de idéias religiosas da “psicologia do inferno”. Educativas sim. Pois todo sofrimento quando bem entendido tende a levar a conscientização da pessoa.

Uma pessoa que tenha um problema tipo ciúme obsessivo, pode ter síndrome do pânico?
Resposta: Pode sim, mas não vejo ligação direta entre eles.

Tenho uma formação espírita desde criança, leio livros espíritas, participo de reuniões semanais e faço o evangelho no lar. Mesmo assim não consigo me livrar da síndrome de pânico, tomo regularmente Rivotril, duas vezes ao dia e nas tentativas que fiz para parar de tomar me senti péssima. Tudo começou após o nascimento de minha filha, hoje possui dez anos. A sensação que tenho é que alguma catástrofe está para acontecer, a todo instante mas principalmente a noite e em ambientes fechados. Tenho muito medo de que algo me acontece ,pois, mesmo acreditando na vida em outro plano, não quero que minha filha sofra a minha falta ainda tão nova, não quero vê-la sofre. Atualmente tenho sofrido muito, pois o meu marido está desempregado e a empresa que eu trabalho já avisou que irá demitir s funcionários, pois está sendo adquirida por outra. Não tenho me sentindo bem e, mesmo com os remédios, vivo em pânico, acordo durante a noite e fico pensando como vou sustentar a minha família. Às vezes tenho vontade de morrer, mas ao mesmo tempo não quero que isto aconteça pois quero criar a minha filha, encaminha-la na vida. Estou sofrendo muito. O que o espiritismo pode ajudar quanto ao pânico?
Resposta: O seu quadro ao nosso ver trata-se de transtorno de ansiedade generalizado, complicado pelas vicissitudes da vida. Não me parece estarmos diante de um quadro de Síndrome do Pânico característico. Você necessita de
fazer o tratamento deste transtorno e trabalhar mais a sua fé no criador. Alias, no momento atual pelo qual passamos, todos nós necessitamos buscar na nossa fé, a força necessária para vencermos essas dificuldades que assolam o
nosso país.

Quero saber como devo agir no meio de tanto estresse, para evitarmos tê-la, e melhor, como auxiliar alguém que esteja começando a tê-la ou até já esteja em grau um pouco mais adiantado da doença?
Resposta: Fazendo uma analise de como você está administrando a sua vida. O que realmente é necessário e o quê está de supérfluo ocupando o espaço do vital para você. Nós muitas vezes sofremos desnecessariamente por não sabermos o que queremos da vida. Necessitamos priorizar em nossa vida o que realmente é necessário. Leia o livro “mereça ser feliz” vai lhe ajudar muito, espero.

Deve a pessoa que tem síndrome do pânico, tomar medicação? A meu ver trata-se somente de obsessão.
Resposta: Já foi respondido em outra parte (questões 4 e 11).

Minha filha apresentou esse problema há alguns anos atrás. Os médicos demoraram muito para diagnosticar; tiveram que fazer muitos exames. Enfim, ela ficou sete dias internada. Fez tratamento alopático e só. Gostaria de saber se há possibilidade de voltar o problema e em que situação?
Resposta: Geralmente são os psiquiatras ou cardiologista que fazem o diagnostico com mais facilidades devidas ser muito freqüente em suas clinicas tais pacientes. Junto com o tratamento alopático (sempre necessário), deve-se
buscar a psicoterapia e também os tratamentos complementares. A ajuda espiritual é muito benéfica. Leituras salutares, o hábito da oração, esportes, divertimentos sadios são muito importantes para manter a mente da pessoa sempre em um nível superior, pois o pessimismo o vicio de mentalizar o lado negativo da vida podem ser fatores desencadeante das crises.

Sou casada há 12 anos e tenho um filho de seis anos. Tenho sofrido ao longo de sete anos entre período de depressão e outro, e hoje foi diagnosticado que tenho além de fibromialgia, que é um distúrbio neurológico, a síndrome do pânico. Há dias que é ainda mais intensos o meu pavor e aversão ao mundo externo. Gostaria de saber porque esta síndrome se instala e se há cura.
Resposta: A causa como já falamos alhures, é desconhecida pela ciência. Existem varias hipóteses, mas nenhuma por si responde todas as questões. É muito comum depressão, fibromialgia e síndrome do pânico, estarem presente numa mesma pessoa. No final destas questões exporemos o nosso ponto de vista sobre a síndrome do pânico.

(...)

Como ajudar uma pessoa com esses sintomas fora de um centro espírita? A terapia de regressão a vidas passadas não incorre em riscos para o paciente (se Deus nos deu a benção da amnésia parcial, será beneficio relembrar certas vivencias)?
Resposta: Aconselhando-a procurar um médico em primeiro lugar. Depois a orientando fazer uma revisão de como tem vivido. Procurar vincular-se a um trabalho voluntário em favor de alguém e não esquecer de buscar o habito da
oração.Quanto ao fato da regressão de memória a vivência passadas, costuma ser muito útil no tratamento destas pessoas. O esquecimento do passado é realmente uma benção, mas não impede que busquemos recursos para a solução dos nossos problemas hoje. O nosso “ EU” superior só permitirá vir á consciência aqueles fatos que o nosso psiquismo de superfície já suportar elaborar. A mente tem os seus mecanismos de defesas, que protegem a integridade psíquica. Quando Emmanuel desaconselha vasculhar o passado, afirma isso nas questões de curiosidade e não para tratamento. Para tratamento somos do parecer que é valido desde que seja feito por profissional competente.

Como o medo e a solidão influenciam no processo da síndrome do pânico?
Resposta: O medo quando em grau superlativo, é o pior sentimento que uma pessoa possa sentir. A síndrome do pânico é um medo extremo, que desencadeia vários sintomas numa pessoa. Ele é para nós a porta de entrada da síndrome do pânico.

Minha mãe teve síndrome do pânico logo após o desencarne de meu pai ( ele ficou doente 15 anos e nesse tempo todo ela dedicou somente a sua doença). Com a síndrome do pânico ela varias vezes foi no hospital com a pressão alta e após varias crises foi constatada a doença. Ele hoje está bem melhor, mas continua tomando os medicamentos. Na mesma época que ela começou o tratamento, ela voltou a aplicar passe no centro. Não sabemos se a melhora foi devido aos trabalhos no centro ou a medicação. Se ela parar com a medicação a síndrome pode voltar? Ela não queria mais ficar tomando tantos remédios.
Resposta: Somos do parecer que foram as duas coisas que redundaram na melhora. É bom que ela procure o seus medico e converse com ele na possibilidade de reduzir a medicação e observar como ela irá sentir.

Observação do entrevistado
Resposta: A síndrome do pânico à nossa experiência tem como provável causa uma morte traumática na reencarnação próxima passada. Geralmente por suicídio. No livro Memórias de um suicida, Camilo Castelo Branco descreve com rara felicidade os principais sintomas encontrados em tal síndrome. A dificuldade em desvencilhar-se do corpo vital quando de um desencarne abrupto provocado direta ou indiretamente pelo próprio individuo é que ao nosso ver responde por todo cortejo de sensações estranhas que a pessoa sente. De uma maneira geral varias sintomas são confundidos com esta síndrome. Ansiedade, palpitação, mal estar e outros por si só não nos autoriza a dar este diagnostico A sensação de
desrealização, despersonalização, medo de enlouquecer ou de morte eminente com a angustia de que ninguém pode ajudar, é para nós os principais sintomas dessa síndrome.
Os pacientes em regressão de memória quando acessam estes momentos, nos revelam esses sentimentos. A dificuldade em desencarnar (não de morrer) é que trás esse sofrimento. A morte pode ser de varias maneiras: suicídio, enfarto, guerra, traumas vários, mas é a dificuldade em desvencilhar-se do corpo e ficar preso ao duplo etérico quando o corpo já está morto que é o grande problema. Ao reencarnar o novo corpo não é capaz de abafar as sensações violentas do passado e por ressonância com vivencias atuais , pode abrir-se uma janela dos passados e essas sensações podem materializarem-se na vida atual. O momento da morte como do nascimento é muito importante para todos nós.


Retirado do site: http://www.cvdee.org.br
Entrevistado(a): Jaider Rodrigues de Paulo
Entrevista virtual

Características do Pânico

1) Sintomas da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico:

Os sintomas físicos mais comuns são taquicardia, sudorese, sensação de falta de ar (não se preocupe porque ninguém jamais morreu sufocado por causa de Pânico), tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa "não está lá" (isso se chama desrealização e não tem nada a ver com loucura, não se preocupe), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa.

Alguns pacientes referem diarréias intensas em determinadas situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite. Outros passam a ter pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas.

Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela, machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico.

Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeiam a crise. Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal.

É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em situações normais e habituais.

É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas acima.

Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de café em público.

Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós Traumático.

2) Desenvolvimento de fobias:

Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões, de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas, elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios. Às vezes aparece até mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar, quando teve sensações de engasgar.

3) Causas:

Psicológicas (são as mais comuns): reação a um Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.
Físicas: alterações no organismo provocadas, por medicamentos, doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.
Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. Atenção: predisposição genética não quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico não passa de pai para filho, não se preocupe.
O mais comum é uma combinação de várias causas.

Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.

4) O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico envolve:

Acabar com os sintomas físicos, que costumam passar rapidamente com medicamentos.
Tratar a Ansiedade Antecipatória, as Fobiase o comportamento de evitação. Nesta fase o tratamento mais eficaz é a combinação de medicação com Psicoterapia, principalmente a Cognitivo Comportamental.

5) Para a família:

Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos, neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar" "reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.

6) Observações

Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes basta trocar a medicação.
Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma recaída.
A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento, porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo. Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação.
A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.
Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra de duas doenças.
Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico tem receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e muito, principalmente as duas primeiras.
Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.

Síndrome/Transtorno do Pânico

" Isso é algo que não desejo nem para meu pior inimigo ". Expressão muito usada por quem passou pelas crises.


Existem pessoas, não importa de que classe social, vagam pelos consultórios e clínicas do mundo inteiro sem que ninguém seja capaz de lhes dizer qual a verdadeira origem de seus males. A pessoa passa por uma série interminável de consultas e exames, em boa parte pagos com dinheiro público, acaba entrando nas estatísticas de certas doenças, mas não tem seu problema resolvido. Três quartos das pessoas com distúrbio mental não estão onde deveriam estar: no psiquiatra ou no psicólogo. Estão nas mãos do cardiologista, do neurologista ou de outro especialista qualquer. É uma multidão que não trata a sua doença de forma adequada, pois um mau diagnóstico pode levar essas pessoas a conviver com enormes desconfortos, que acabam se estendendo à toda a sua família.

" Tenho tanto medo. Toda vez que " De repente, eu senti uma terrível me preparo para sair, tenho aquela onda de medo, sem nenhum motivo. desagradável sensação no estômago. Meu coração disparou, tive dor e me aterrorizo pensando que vou ter no peito e dificuldade para respirar. Outra crise de pânico. " Pensei que fosse morrer. "


Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico?

Como se descreve acima, os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se perceber). Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir - em detrimento de outras partes do corpo, incluindo os orgãos sexuais. Eles podem incluir :

Contração / tensão muscular, rijeza
Palpitações (o coração dispara)
Tontura, atordoamento, náusea
Dificuldade de respirar (boca seca)
Calafrios ou ondas de calor, sudorese
Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade
Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a
acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento
Confusão, pensamento rápido
Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso
Medo de morrer
Vertigens ou sensação de debilidade

Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico

O que é o transtorno do pânico?

Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador - a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.

O que causa o transtorno do pânico? Por que ele ocorre?

De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo - o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça - tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.


O transtorno do pânico é um problema sério?

O T.P. já é considerado um problema sério de saúde. Atualmente 2 a 4% da população mundial sofre deste mal, que acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 3 para 1. Há muito que o T.P. deixou de ser um diagnóstico de exclusão. Hoje, mais do que nunca, há necessidade de um diagnóstico de certeza para tal entidade clínica. As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira "via-crucis" a diversos especialistas médicos ("doctor shopping") e após uma quantidade exagerada de exames complementares recebem, muitas vezes, o patético diagnóstico do "nada", o que aumenta sua insegurança e seu desespero. Por vezes esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e de que não existe tratamento para tal patologia.
O T.P. é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Por causa dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave. Frequentemente as pessoas procuram um pronto-socorro quando têm a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir outras doenças.

Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo. Mas estas tentativas podem às vezes piorar as dificuldades do paciente: se o médico usar expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isto pode produzir uma impressão incorreta de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário, conforme já comentado.


Qual é a população atingida?

As pessoas que tem o T.P., em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do T.P., costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfecionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do T.P..
Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao T.P..


Existe tratamento para este problema?

Existe uma variedade de tratamentos para o T.P.. O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo.
O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É importante que a pessoa que sofre de T.P. entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e que queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal.


Para as pessoas que não tem, e para as que possam vir a conviver com o problema:

O T.P. não é loucura, nem "frescura". Infelizmente é comum que os distúrbios psíquicos sejam interpretados como simples fraqueza de caráter. O melhor jeito para conviver com uma pessoa que passou pelo T.P., É compreender pelo que a pessoa passa; fazendo com que essa pessoa saiba que você entende o que se passa com ela, isso irá tranquilizá-la, trazendo bem-estar, pois é bem difícil se ter um "ataque", perante uma pessoa ou ambiente que conheça o problema, junto com um "tratamento", preferencialmente, tratado por um psiquiatra. Pois os que sofrem com o transtorno do pânico são ótimas companhias, devido a sua sensibilidade apurada, pois uma experiência ruim algumas vezes frutifica em crescimento interior. E sempre mantenha essa pessoa normalmente convivendo com suas atividades, percebendo as suas limitações e não "forçando nenhuma barra". Aos poucos a vida volta a normalidade.


"E nenhum Grande Inquisidor tem prontas tão terríveis torturas como a ansiedade tem; e nenhum espião sabe como atacar mais inteligentemente o homem de quem ele suspeita, escolhendo o instante em que ele está mais fraco; ou sabe onde colocar armadilhas em que ele será pego e enredado, como ansiedade sabe e nenhum juiz é mais esperto e sabe interrogar melhor, examinar, acusar como ansiedade sabe, e nunca o deixa (a vítima) escapar, nem através de distrações, nem através de barulhos, nem divertindo, nem brincando, nem de dia nem de noite..."
Soren Kierkegaard, The Concept of Dread.

sábado, 27 de março de 2010

Contos de fadas

1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:

- NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes ,transou bastante, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)


2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo...den...do!

FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)

Frases espíritas

Vou colar aqui, alguma frases psicografadas, com ensinamentos belíssimos. De tudo o que estiver escrito aqui, se você assimilar apenas uma dessas frases, com certeza, sua vida será mais feliz.

Aproveite e vida melhor (consigo mesmo, principalmente):




A AMIZADE VERDADEIRA não é cega, mas se enxerga defeito nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim. (Desconhecido)

"Se seus líderes vos dizem: 'Vejam, o Reino está no céu', então saibam que os pássaros do céu os precederão, pois já vivem no céu. Se lhes disserem: 'Está no mar, então o peixe os precederá pelo mesmo motivo. Antes, descubram que o Reino está dentro de vocês, e também fora de vocês. Apenas quando vocês se conhecerem, poderão ser conhecidos, e então compreenderão que todos vocês são filhos do Pai vivo. Mas se vocês não se conhecerem a si mesmos, então vocês vivem na pobreza e são a pobreza". (Jesus)

O Reino do Pai está espalhado por toda a terra e os homens não o vêem". (Jesus)

A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar. (Joanna de Ângelis)

A atitude é oração. E, pela atitude, mostramos a qualidade dos nossos desejos. (Emmanuel, do livro: Roteiro).

A cada um será dado de acordo com as suas obras. (Jesus)

Vida após vida, geração à geração, a Humanidade caminha recebendo luz e burilamento. (Emmanuel, do livro: IDEAL ESPÍRITA)

Você nem sempre terás o que desejas, mas enquanto estiveres ajudando aos outros encontrarás os recursos de que precise. (André Luiz - Chico Xavier)

Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e do aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções. (Emmanuel - Chico Xavier)

Jesus foi o maior exemplo de quão longe pode o homem chegar. Ele soube viver plenamente entre os dois mundos: o material e o espiritual. Soube dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ele foi uma árvore. Como fala Mitchell, a árvore não tenta arrancar da terra as suas raízes e plantar-se no céu, nem tampouco estende suas folhas para baixo, junto à lama. Ela precisa tanto do solo quanto da luz, e sabe a direção de cada coisa. Exatamente porque enterra as suas raízes na terra escura, é que pode sutentar suas folhas no alto para receber a luz do sol... É pena que Jesus de Nazaré seja frequentemente incompreentendido pelos Cristãos. (Mitchell)

A caridade é o amor, é o sol que Nosso Senhor fez raiar claro e fecundo; alegrando nesta vida a existência dolorida dos que sofrem neste mundo! (Casimiro Cunha)

A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade para que a Terra se realize na condição do esperado Reino de Deus. (Emmanuel)

Por que olhas o cisco no olho de teu irmão e não vês a trave no teu? Como ousas dizer a teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco de teu olho, pois sei corrigir teu erro de visão'? Hipócrita, tira primeiro o engano de tua visão, e só então poderás tirar o cisco de teu companheiro". (Jesus)

A caridade na Terra a santos, crentes e ateus, é a presença de Jesus agindo em nome de Deus. (Carlos Gondim)

A casualidade não se encontra nos laços da parentela. (Emmanuel)

"Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bonsc frutos. Porventura colhem-se figos de espinheiros ou ervas de urtigas? Toda árvore se conhece pelos frutos". (Jesus)

A cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito de instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores, ao redor de nossos passos... (Do livro: Entre a Terra e o Céu - André Luiz)

A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais estranhas perturbações. (Do livro: Entre a Terra e o Céu - André Luiz)

A amizade converge de pontos afins, onde os corações se unem em plena fraternidade. (Miramez)

A esperança é flor vivente, alva estrela resplendente, que ilumina os corações, que conduz as criaturas às almejadas venturas entre célicos clarões. (Casimiro Cunha)

A esperança é qual lume, ou capitoso perfume que nos alenta na dor. A caridade é uma aurora que resplende a toda hora, nada empana o seu fulgor. (Casimiro Cunha)

A esperança é uma fortuna, de natureza divina, que a fé recebe no Banco da Providência Divina. (Meimei- Chico Xavier)

A esperança é uma fortuna, de natureza divina, que a fé recebe no Banco da Providência Divina. (Meimei - Chico Xavier - Do Livro: "Roseiral de Luz")

O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o mau retira coisas más, pois a boca fala do que está cheio o coração". (Jesus)

A evolução é a transição do ser da condição de escravo à condição de senhor do próprio destino. (Lameira de Andrade, do livro: IDEAL ESPÍRITA)

A família consangüínea, entre os homens, poder ser apreciada como o Centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve. (Emmanuel)

A fé é a força potente que desponta na alma crente, elevando-a aos altos Céus; ela é chama abrasadora reluzente, redentora, que nos eleva até Deus. (Casimiro Cunha)

A fé é um clarão divino, refulgente, peregrino, que irrompe, trazendo a luz; a caridade é a expressão da personificação do Mestre Amado - Jesus! (Casimiro Cunha)

A fonte do bem é inesgotável. Tarefa aceita - responsabilidade confirmada. (Marco Prisco)

A frase de esperança é um jorro de luz. (Emmanuel - Chico Xavier, do livro: COMPANHEIRO)

A harmonia cria raios de paz. (André Luiz)

A humildade é a chave de nossa libertação. (Emmanuel - Chico Xavier, do livro: LUZ NO LAR).

A maior revelação de teu amor aparece brilhando quando permites que o Cristo em ti e contigo possa amar e servir aos outros sem procurar saber quem são e como são. (Emmanuel, Do livro: "Recados do Além")

Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como um homem que construiu uma casa sobre a rocha. Caiu a chuva, uma torrente se abateu sobre a casa, mas ela não caiu, pois estava fundada sobre a rocha. Mas aquele que ouve as minhas palavras mas não as pratica é semelhante a um homem que construiu sua casa na areia. Veio a chuva, a torrente se abateu sobre ela, e ela desabou. E foi grande a sua ruína". (Jesus)

A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros. (Desconhecido)

A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um. (Desconhecido)

A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento. (Vinícius, do livro: Em torno do Mestre)

A obra da caridade tudo transforma em favor do bem. (Emmanuel, do livro: Roteiro).

A oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (TIAGO, do livro: A CARTA DE TIAGO para os Cristãos de todos os tempos).

A ORAÇÃO é o mais forte estímulo de que a alma pode dispor para plenificar-se. (Joanna de Angelis)

A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (TIAGO, do livro: A CARTA DE TIAGO para os Cristãos de todos os tempos).

A oração neutraliza qualquer força negativa. Cultive a prece. (Pastorino)

A palavra amiga e boa, quando a mágoa nos subleva, recorda a lâmpada acesa, vencendo o poder da treva.(Silveira Carvalho) (subleva: revolta).

A paz legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia. (Joanna de Angelis)

A pedra colocada em disciplina é o agente que te assegura firmeza na construção. (Emmanuel)

A religião pura e imaculada é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. (TIAGO, do livro: A CARTA DE TIAGO para os Cristãos de todos os tempos).

A sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. ( Tiago, do livro: A CARTA DE TIAGO para os Cristãos de todos os tempos).

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui um trabalho de cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade. (Emmanuel)

A Terra é uma embarcação cósmica de vastas proporções e não podemos olvidar que o Senhor permanece vigilante no leme. (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)

A Terra está repleta dos que censuram e acusam. Amparemo-nos mútuamente. (Emmanuel - Chico Xavier)

A vitória na luta pelo bem contra o mal caberá sempre ao servidor que souber perseverar com a Lei Divina até o fim. (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)

A voz é a revelação do temperamento de cada um. (Desconhecido)

Abre as portas do espírito à luz do amor para que o amor te auxilie a entender a linguagem da vida. (Desconhecido)

Abre os braços à ação e cresce na direção do Infinito. (Joanna de Ângelis - Divaldo P.Franco - Do Livro: Alegria de Viver)

Acalma a mente e harmoniza o mundo interior. (Joanna de Ângelis).

Ampara aos que se acham perseguidos pela ignorância ou pela crueldade. (Meimei)

Ampara e ajuda a todos, desde a criança desvalida, necessitada de arrimo e luz para o coração, até o peregrino sem teto, hóspede errante das árvores do caminho. (Eurípedes Barsanulfo, do livro: IDEAL ESPÍRITA)

Ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos. Se plantares o bem, o tempo de incumbirá da germinação do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno. (Emmanuel)

Ante as crises da vida. Não te revoltes. Serve. (Emmanuel - Chico Xavier)

Ante o irmão irritadiço, cujo verbo desagrade, cala-te e espera lembrando que o silêncio é CARIDADE. (Desconhecido)

Ante os conflitos que explodem no mundo, conserva-te em paz. Não te deixes envolver pelo pessimismo. Continua servindo e abençoando a vida. O bem triunfa sempre. (Desconhecido)

Ante os desajustados da Terra, respeita-lhes o caminho e silencia quando não lhes consigas compreender as lutas entremeadas do pranto que desconheces. (Meimei)

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar em favor dos familiares, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial. (Emmanuel)

Aos companheiros de caminho, ofertarás algo de teu coração, qual se estivesses espontaneamente no dever de pagar a cada um diminuto pedágio de amor. (Meimei)

Aprendamos a amar, procuremos entender; aceitemos o bem, estimulando em nós o princípio básico da evolução espiritual. AMAR SEMPRE! (Desconhecido)

Aprendemos e ensinamos caridade em todos os temas da necessidade humana. Façamos dela o pão espiritual da vida. (Emmanuel - Chico Xavier, do livro: ALMA E CORAÇÃO).

Caridade

"Caridade ensinada melhora os ouvidos. Caridade praticada aprimora os corações." (Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

Nosso Lar - Chico Xavier - O Filme

Hoje temos que apagar a luz

Dia mundial de conscientização contra o aquecimento global. As luzes devem ficar apagadas entre 20:30 e 21:30 (putz, bem na hora da novela... brincadeirinha! rs). Será que eu vou me lembrar?! Tudo dependerá da quantidade de cerveja rs rs!!!

Sentença judicial

Abaixo, transcrevo a sentença do casal Nardoni. Um crime que chocou a população brasileira, por se tratar de uma criança indefesa e por ter sido cometido pelo próprio pai. A defesa já entrou com recurso.
Pena que somente em casos muito noticiados e de apelo sentimental gigantesco, os réus condenados terão ainda acompanhamento da mídia, todas as vezes em que a lei permitir a mudança do regime de prisão (ex.: 1/6 ou 1/3 de pena... mudança para regime semi-aberto). Nos mesmos casos de homicídio, mas sem grande repercursão, os condenados saem rápido da cadeia.
Mas, pelo menos, alguma vez a justiça será feita.
VISTOS


1. ALEXANDRE ALVES NARDONI e ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ, qualificados nos autos, foram denunciados pelo Ministério Público porque no dia 29 de março de 2.008, por volta de 23:49 horas, na rua Santa Leocádia, nº 138, apartamento 62, vila Isolina Mazei, nesta Capital, agindo em concurso e com identidade de propósitos, teriam praticado crime de homicídio triplamente qualificado pelo meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da ofendida (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime anteriormente cometido (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a mesma vítima) contra a menina ISABELLA OLIVEIRA NARDONI.
Aponta a denúncia também que os acusados, após a prática do crime de homicídio referido acima, teriam incorrido também no delito de fraude processual, ao alterarem o local do crime com o objetivo de inovarem artificiosamente o estado do lugar e dos objetos ali existentes, com a finalidade de induzir a erro o juiz e os peritos e, com isso, produzir efeito em processo penal que viria a ser iniciado.
Saiba mais:
Casal Nardoni é considerado culpado pela morte da garota Isabella Veja momentos do embate entre promotor e advogado no júri do casal Nardoni Infográfico traz tudo sobe o caso Isabella Apenas 7 das 23 testemunhas foram ouvidas no julgamento 'Desejo inconsciente' e 'poder da imagem' levam curiosos ao fórum, dizem analistas Veja fotos do julgamento do caso Isabella
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2. Após o regular processamento do feito em Juízo, os réus acabaram sendo pronunciados, nos termos da denúncia, remetendo-se a causa assim a julgamento ao Tribunal do Júri, cuja decisão foi mantida em grau de recurso.

3. Por esta razão, os réus foram então submetidos a julgamento perante este Egrégio 2º Tribunal do Júri da Capital do Fórum Regional de Santana, após cinco dias de trabalhos, acabando este Conselho Popular, de acordo com o termo de votação anexo, reconhecendo que os acusados praticaram, em concurso, um crime de homicídio contra a vítima Isabella Oliveira Nardoni, pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado pelo meio cruel, pela utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e para garantir a ocultação de delito anterior, ficando assim afastada a tese única sustentada pela Defesa dos réus em Plenário de negativa de autoria.

Além disso, reconheceu ainda o Conselho de Sentença que os réus também praticaram, naquela mesma ocasião, o crime conexo de fraude processual qualificado.

É a síntese do necessário.

FUNDAMENTAÇÃO.

4. Em razão dessa decisão, passo a decidir sobre a pena a ser imposta a cada um dos acusados em relação a este crime de homicídio pelo qual foram considerados culpados pelo Conselho de Sentença.
Uma vez que as condições judiciais do art. 59 do Código Penal não se mostram favoráveis em relação a ambos os acusados, suas penas-base devem ser fixadas um pouco acima do mínimo legal.
Isto porque a culpabilidade, a personalidade dos agentes, as circunstâncias e as conseqüências que cercaram a prática do crime, no presente caso concreto, excederam a previsibilidade do tipo legal, exigindo assim a exasperação de suas reprimendas nesta primeira fase de fixação da pena, como forma de reprovação social à altura que o crime e os autores do fato merecem.
Com efeito, as circunstâncias específicas que envolveram a prática do crime ora em exame demonstram a presença de uma frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte dos réus, os quais após terem passado um dia relativamente tranqüilo ao lado da vítima, passeando com ela pela cidade e visitando parentes, teriam, ao final do dia, investido de forma covarde contra a mesma, como se não possuíssem qualquer vínculo afetivo ou emocional com ela, o que choca o sentimento e a sensibilidade do homem médio, ainda mais porque o conjunto probatório trazido aos autos deixou bem caracterizado que esse desequilíbrio emocional demonstrado pelos réus constituiu a mola propulsora para a prática do homicídio.
De igual forma relevante as conseqüências do crime na presente hipótese, notadamente em relação aos familiares da vítima.
Porquanto não se desconheça que em qualquer caso de homicídio consumado há sofrimento em relação aos familiares do ofendido, no caso específico destes autos, a angústia acima do normal suportada pela mãe da criança Isabella, Srª. Ana Carolina Cunha de Oliveira, decorrente da morte da filha, ficou devidamente comprovada nestes autos, seja através do teor de todos os depoimentos prestados por ela nestes autos, seja através do laudo médico-psiquiátrico que foi apresentado por profissional habilitado durante o presente julgamento, após realizar consulta com a mesma, o que impediu inclusive sua permanência nas dependências deste Fórum, por ainda se encontrar, dois anos após os fatos, em situação aguda de estresse (F43.0 - CID 10), face ao monstruoso assédio a que a mesma foi obrigada a ser submetida como decorrência das condutas ilícitas praticadas pelos réus, o que é de conhecimento de todos, exigindo um maior rigor por parte do Estado-Juiz quanto à reprovabilidade destas condutas.
A análise da culpabilidade, das personalidades dos réus e das circunstâncias e conseqüências do crime, como foi aqui realizado, além de possuir fundamento legal expresso no mencionado art. 59 do Código Penal, visa também atender ao princípio da individualização da pena, o qual constitui vetor de atuação dentro da legislação penal brasileira, na lição sempre lúcida do professor e magistrado Guilherme de Souza Nucci:

"Quanto mais se cercear a atividade individualizadora do juiz na aplicação da pena, afastando a possibilidade de que analise a personalidade, a conduta social, os antecedentes, os motivos, enfim, os critérios que são subjetivos, em cada caso concreto, mais cresce a chance de padronização da pena, o que contraria, por natureza, o princípio constitucional da individualização da pena, aliás, cláusula pétrea" ("Individualização da Pena", Ed. RT, 2ª edição, 2007, pág. 195).


Assim sendo, frente a todas essas considerações, majoro a pena-base para cada um dos réus em relação ao crime de homicídio praticado por eles, qualificado pelo fato de ter sido cometido para garantir a ocultação de delito anterior (inciso V, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal) no montante de 1/3 (um terço), o que resulta em 16 (dezesseis) anos de reclusão, para cada um deles.
Como se trata de homicídio triplamente qualificado, as outras duas qualificadoras de utilização de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima (incisos III e IV, do parágrafo segundo do art. 121 do Código Penal), são aqui utilizadas como circunstâncias agravantes de pena, uma vez que possuem previsão específica no art. 61, inciso II, alíneas "c" e "d" do Código Penal.
Assim, levando-se em consideração a presença destas outras duas qualificadoras, aqui admitidas como circunstâncias agravantes de pena, majoro as reprimendas fixadas durante a primeira fase em mais ¼ (um quarto), o que resulta em 20 (vinte) anos de reclusão para cada um dos réus.
Justifica-se a aplicação do aumento no montante aqui estabelecido de ¼ (um quarto), um pouco acima do patamar mínimo, posto que tanto a qualificadora do meio cruel foi caracterizada na hipótese através de duas ações autônomas (asfixia e sofrimento intenso), como também em relação à qualificadora da utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente na defenestração).
Pelo fato do co-réu Alexandre ostentar a qualidade jurídica de genitor da vítima Isabella, majoro a pena aplicada anteriormente a ele em mais 1/6 (um sexto), tal como autorizado pelo art. 61, parágrafo segundo, alínea "e" do Código Penal, o que resulta em 23 (vinte e três) anos e 04 (quatro) meses de reclusão.
Como não existem circunstâncias atenuantes de pena a serem consideradas, torno definitivas as reprimendas fixadas acima para cada um dos réus nesta fase.
Por fim, nesta terceira e última fase de aplicação de pena, verifica-se a presença da qualificadora prevista na parte final do parágrafo quarto, do art. 121 do Código Penal, pelo fato do crime de homicídio doloso ter sido praticado contra pessoa menor de 14 anos, daí porque majoro novamente as reprimendas estabelecidas acima em mais 1/3 (um terço), o que resulta em 31 (trinta e um) anos, 01 (um) mês e 10 (dez) dias de reclusão para o co-réu Alexandre e 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão para a co-ré Anna Jatobá.
Como não existem outras causas de aumento ou diminuição de pena a serem consideradas nesta fase, torno definitivas as reprimendas fixadas acima.

Quanto ao crime de fraude processual para o qual os réus também teriam concorrido, verifica-se que a reprimenda nesta primeira fase da fixação deve ser estabelecida um pouco acima do mínimo legal, já que as condições judiciais do art. 59 do Código Penal não lhe são favoráveis, como já discriminado acima, motivo pelo qual majoro em 1/3 (um terço) a pena-base prevista para este delito, o que resulta em 04 (quatro) meses de detenção e 12 (doze) dias-multa, sendo que o valor unitário de cada dia-multa deverá corresponder a 1/5 (um quinto) do valor do salário mínimo, uma vez que os réus demonstraram, durante o transcurso da presente ação penal, possuírem um padrão de vida compatível com o patamar aqui fixado.
Inexistem circunstâncias agravantes ou atenuantes de pena a serem consideradas.
Presente, contudo, a causa de aumento de pena prevista no parágrafo único do art. 347 do Código Penal, pelo fato da fraude processual ter sido praticada pelos réus com o intuito de produzir efeito em processo penal ainda não iniciado, as penas estabelecidas acima devem ser aplicadas em dobro, o que resulta numa pena final para cada um deles em relação a este delito de 08 (oito) meses de detenção e 24 (vinte e quatro) dias-multa, mantido o valor unitário de cada dia-multa estabelecido acima.

5. Tendo em vista que a quantidade total das penas de reclusão ora aplicadas aos réus pela prática do crime de homicídio triplamente qualificado ser superior a 04 anos, verifica-se que os mesmos não fazem jus ao benefício da substituição destas penas privativas de liberdade por restritivas de direitos, a teor do disposto no art. 44, inciso I do Código Penal.
Tal benefício também não se aplica em relação às penas impostas aos réus pela prática do delito de fraude processual qualificada, uma vez que as além das condições judiciais do art. 59 do Código Penal não são favoráveis aos réus, há previsão específica no art. 69, parágrafo primeiro deste mesmo diploma legal obstando tal benefício de substituição na hipótese.

6. Ausentes também as condições de ordem objetivas e subjetivas previstas no art. 77 do Código Penal, já que além das penas de reclusão aplicadas aos réus em relação ao crime de homicídio terem sido fixadas em quantidades superiores a 02 anos, as condições judiciais do art. 59 não são favoráveis a nenhum deles, como já especificado acima, o que demonstra que não faz jus também ao benefício da suspensão condicional do cumprimento de nenhuma destas penas privativas de liberdade que ora lhe foram aplicadas em relação a qualquer dos crimes.

7. Tendo em vista o disposto no art. 33, parágrafo segundo, alínea "a" do Código Penal e também por ter o crime de homicídio qualificado a natureza de crimes hediondos, a teor do disposto no artigo 2o, da Lei n° 8.072/90, com a nova redação que lhe foi dada pela Lei n. 11.464/07, os acusados deverão iniciar o cumprimento de suas penas privativas de liberdade em regime prisional FECHADO.
Quanto ao delito de fraude processual qualificada, pelo fato das condições judiciais do art. 59 do Código Penal não serem favoráveis a qualquer dos réus, deverão os mesmos iniciar o cumprimento de suas penas privativas de liberdade em relação a este delito em regime prisional SEMI-ABERTO, em consonância com o disposto no art. 33, parágrafo segundo, alínea "c" e seu parágrafo terceiro, daquele mesmo Diploma Legal.

8. Face à gravidade do crime de homicídio triplamente qualificado praticado pelos réus e à quantidade das penas privativas de liberdade que ora lhes foram aplicadas, ficam mantidas suas prisões preventivas para garantia da ordem pública, posto que subsistem os motivos determinantes de suas custódias cautelares, tal como previsto nos arts. 311 e 312 do Código de Processo Penal, devendo aguardar detidos o trânsito em julgado da presente decisão.
Como este Juízo já havia consignado anteriormente, quando da prolação da sentença de pronúncia - respeitados outros entendimentos em sentido diverso - a manutenção da prisão processual dos acusados, na visão deste julgador, mostra-se realmente necessária para garantia da ordem pública, objetivando acautelar a credibilidade da Justiça em razão da gravidade do crime, da culpabilidade, da intensidade do dolo com que o crime de homicídio foi praticado por eles e a repercussão que o delito causou no meio social, uma vez que a prisão preventiva não tem como único e exclusivo objetivo prevenir a prática de novos crimes por parte dos agentes, como exaustivamente tem sido ressaltado pela doutrina pátria, já que evitar a reiteração criminosa constitui apenas um dos aspectos desta espécie de custódia cautelar.
Tanto é assim que o próprio Colendo Supremo Tribunal Federal já admitiu este fundamento como suficiente para a manutenção de decreto de prisão preventiva:

"HABEAS CORPUS. QUESTÃO DE ORDEM. PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR. ALEGADA NULIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. DECRETO DE PRISÃO CAUTELAR QUE SE APÓIA NA GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO SUPOSTAMENTE PRATICADO, NA NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO DA "CREDIBILIDADE DE UM DOS PODERES DA REPÚBLICA", NO CLAMOR POPULAR E NO PODER ECONÔMICO DO ACUSADO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO NA CONCLUSÃO DO PROCESSO."
"O plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 80.717, fixou a tese de que o sério agravo à credibilidade das instituições públicas pode servir de fundamento idôneo para fins de decretação de prisão cautelar, considerando, sobretudo, a repercussão do caso concreto na ordem pública." (STF, HC 85298-SP, 1ª Turma, rel. Min. Carlos Aires Brito, julg. 29.03.2005, sem grifos no original).


Portanto, diante da hediondez do crime atribuído aos acusados, pelo fato de envolver membros de uma mesma família de boa condição social, tal situação teria gerado revolta à população não apenas desta Capital, mas de todo o país, que envolveu diversas manifestações coletivas, como fartamente divulgado pela mídia, além de ter exigido também um enorme esquema de segurança e contenção por parte da Polícia Militar do Estado de São Paulo na frente das dependências deste Fórum Regional de Santana durante estes cinco dias de realização do presente julgamento, tamanho o número de populares e profissionais de imprensa que para cá acorreram, daí porque a manutenção de suas custódias cautelares se mostra necessária para a preservação da credibilidade e da respeitabilidade do Poder Judiciário, as quais ficariam extremamente abaladas caso, agora, quando já existe decisão formal condenando os acusados pela prática deste crime, conceder-lhes o benefício de liberdade provisória, uma vez que permaneceram encarcerados durante toda a fase de instrução.
Esta posição já foi acolhida inclusive pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, como demonstra a ementa de acórdão a seguir transcrita:

"LIBERDADE PROVISÓRIA - Benefício pretendido - Primariedade do recorrente - Irrelevância - Gravidade do delito - Preservação do interesse da ordem pública - Constrangimento ilegal inocorrente." (In JTJ/Lex 201/275, RSE nº 229.630-3, 2ª Câm. Crim., rel. Des. Silva Pinto, julg. em 09.06.97).

O Nobre Desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, naquele mesmo voto condutor do v. acórdão proferido no mencionado recurso de "habeas corpus", resume bem a presença dos requisitos autorizadores da prisão preventiva no presente caso concreto:

"Mas, se um e outro, isto é, se clamor público e necessidade da preservação da respeitabilidade de atuação jurisdicional se aliarem à certeza quanto à existência do fato criminoso e a veementes indícios de autoria, claro que todos esses pressupostos somados haverão de servir de bom, seguro e irrecusável fundamento para a excepcionalização da regra constitucional que presumindo a inocência do agente não condenado, não tolera a prisão antecipada do acusado."

E, mais à frente, arremata:

"Há crimes, na verdade, de elevada gravidade, que, por si só, justificam a prisão, mesmo sem que se vislumbre risco ou perspectiva de reiteração criminosa. E, por aqui, todos haverão de concordar que o delito de que se trata, por sua gravidade e característica chocante, teve incomum repercussão, causou intensa indignação e gerou na população incontrolável e ansiosa expectativa de uma justa contraprestação jurisdicional. A prevenção ao crime exige que a comunidade respeite a lei e a Justiça, delitos havendo, tal como o imputado aos pacientes, cuja gravidade concreta gera abalo tão profundo naquele sentimento, que para o restabelecimento da confiança no império da lei e da Justiça exige uma imediata reação. A falta dela mina essa confiança e serve de estímulo à prática de novas infrações, não sendo razoável, por isso, que acusados por crimes brutais permaneçam livre, sujeitos a uma conseqüência remota e incerta, como se nada tivessem feito." (sem grifos no original).


Nessa mesma linha de raciocínio também se apresentou o voto do não menos brilhante Desembargador revisor, Dr. Luís Soares de Mello que, de forma firme e consciente da função social das decisões do Poder Judiciário, assim deixou consignado:

"Aquele que está sendo acusado, e com indícios veementes, volte-se a dizer, de tirar de uma criança, com todo um futuro pela frente, aquilo que é o maior 'bem' que o ser humano possui - 'a vida' - não pode e não deve ser tratado igualmente a tantos outros cidadãos de bem e que seguem sua linha de conduta social aceitável e tranqüila.
E o Judiciário não pode ficar alheio ou ausente a esta preocupação, dês que a ele, em última instância, é que cabe a palavra e a solução.
Ora.
Aquele que está sendo acusado, 'em tese', mas por gigantescos indícios, de ser homicida de sua 'própria filha' - como no caso de Alexandre - e 'enteada' - aqui no que diz à Anna Carolina - merece tratamento severo, não fora o próprio exemplo ao mais da sociedade.
Que é também função social do Judiciário.
É a própria credibilidade da Justiça que se põe à mostra, assim." (sem grifos no original).

Por fim, como este Juízo já havia deixado consignado anteriormente, ainda que se reconheça que os réus possuem endereço fixo no distrito da culpa, posto que, como noticiado, o apartamento onde os fatos ocorreram foi adquirido pelo pai de Alexandre para ali estabelecessem seu domicílio, com ânimo definitivo, além do fato de Alexandre, como provedor da família, possuir profissão definida e emprego fixo, como ainda pelo fato de nenhum deles ostentarem outros antecedentes criminais e terem se apresentado espontaneamente à Autoridade Policial para cumprimento da ordem de prisão temporária que havia sido decretada inicialmente, isto somente não basta para assegurar-lhes o direito à obtenção de sua liberdade durante o restante do transcorrer da presente ação penal, conforme entendimento já pacificado perante a jurisprudência pátria, face aos demais aspectos mencionados acima que exigem a manutenção de suas custódias cautelares, o que, de forma alguma, atenta contra o princípio constitucional da presunção de inocência:

"RHC - PROCESSUAL PENAL - PRISÃO PROVISÓRIA - A primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita não impedem, por si só, a prisão provisória" (STJ, 6ª Turma, v.u., ROHC nº 8566-SP, rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, julg. em 30.06.1999).


"HABEAS CORPUS . HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ASSEGURAR A INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA A TESTEMUNHAS. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. ORDEM DENEGADA.
1. A existência de indícios de autoria e a prova de materialidade, bem como a demonstração concreta de sua necessidade, lastreada na ameaça de testemunhas, são suficientes para justificar a decretação da prisão cautelar para garantir a regular instrução criminal, principalmente quando se trata de processo de competência do Tribunal do Júri.
2. Nos processos de competência do Tribunal Popular, a instrução criminal exaure-se definitivamente com o julgamento do plenário (arts. 465 a 478 do CPP).
3. Eventuais condições favoráveis ao paciente - tais como a primariedade, bons antecedentes, família constituída, emprego e residência fixa - não impedem a segregação cautelar, se o decreto prisional está devidamente fundamentado nas hipóteses que autorizam a prisão preventiva. Nesse sentido: RHC 16.236/SP, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJ de 17/12/04; RHC 16.357/PR, Rel. Min. GILSON DIPP, DJ de 9/2/05; e RHC 16.718/MT, de minha relatoria, DJ de 1º/2/05).
4. Ordem denegada. (STJ, 5ª Turma, v.u., HC nº 99071/SP, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julg. em 28.08.2008).


Ademais, a falta de lisura no comportamento adotado pelos réus durante o transcorrer da presente ação penal, demonstrando que fariam tudo para tentar, de forma deliberada, frustrar a futura aplicação da lei penal, posto que após terem fornecido material sanguíneo para perícia no início da apuração policial e inclusive confessado este fato em razões de recurso em sentido estrito, apegaram-se a um mero formalismo, consistente na falta de assinatura do respectivo termo de coleta, para passarem a negar, de forma veemente, inclusive em Plenário durante este julgamento, terem fornecido aquelas amostras de sangue, o que acabou sendo afastado posteriormente, após nova coleta de material genético dos mesmos para comparação com o restante daquele material que ainda estava preservado no Instituto de Criminalística.
Por todas essas razões, ficam mantidas as prisões preventivas dos réus que haviam sido decretadas anteriormente por este Juízo, negando-lhes assim o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão condenatória.

DECISÃO.

9. Isto posto, por força de deliberação proferida pelo Conselho de Sentença que JULGOU PROCEDENTE a acusação formulada na pronúncia contra os réus ALEXANDRE ALVES NARDONI e ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ, ambos qualificados nos autos, condeno-os às seguintes penas:

a) co-réu ALEXANDRE ALVES NARDONI:
- pena de 31 (trinta e um) anos, 01 (um) mês e 10 (dez) dias de reclusão, pela prática do crime de homicídio contra pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado, agravado ainda pelo fato do delito ter sido praticado por ele contra descendente, tal como previsto no art. 121, parágrafo segundo, incisos III, IV e V c.c. o parágrafo quarto, parte final, art. 13, parágrafo segundo, alínea "a" (com relação à asfixia) e arts. 61, inciso II, alínea "e", segunda figura e 29, todos do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional FECHADO, sem direito a "sursis";

- pena de 08 (oito) meses de detenção, pela prática do crime de fraude processual qualificada, tal como previsto no art. 347, parágrafo único do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional SEMI-ABERTO, sem direito a "sursis" e 24 (vinte e quatro) dias-multa, em seu valor unitário mínimo.

B) co-ré ANNA CAROLINA TROTTA PEIXOTO JATOBÁ:

- pena de 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão, pela prática do crime de homicídio contra pessoa menor de 14 anos, triplamente qualificado, tal como previsto no art. 121, parágrafo segundo, incisos III, IV e V c.c. o parágrafo quarto, parte final e art. 29, todos do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional FECHADO, sem direito a "sursis";
- pena de 08 (oito) meses de detenção, pela prática do crime de fraude processual qualificada, tal como previsto no art. 347, parágrafo único do Código Penal, a ser cumprida inicialmente em regime prisional SEMI-ABERTO, sem direito a "sursis" e 24 (vinte e quatro) dias-multa, em seu valor unitário mínimo.

10. Após o trânsito em julgado, feitas as devidas anotações e comunicações, lancem-se os nomes dos réus no livro Rol dos Culpados, devendo ser recomendados, desde logo, nas prisões em que se encontram recolhidos, posto que lhes foi negado o direito de recorrerem em liberdade da presente decisão.

11. Esta sentença é lida em público, às portas abertas, na presença dos réus, dos Srs. Jurados e das partes, saindo os presentes intimados.
Plenário II do 2º Tribunal do Júri da Capital, às 00:20 horas, do dia 27 de março de 2.010.

Registre-se e cumpra-se.

MAURÍCIO FOSSEN
Juiz de Direito

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

Igreja esculpida em grão de areia



O escultor minimalista Willard Wigan tem um talento único no planeta. O artista britânico de 52 anos conseguiu esculpir uma igreja em apenas um grão de areia! O templo escolhido foi o de São Bartolomeu, perto de Gloucester (Inglaterra). Willar foi desafiado pela namorada, que duvidava de que o escultor pudesse retratar a igreja no mísero grão. Ele venceu o desafio, depois de seis semanas de trabalho árduo e meticuloso.

Willard também retratou em um grão de areia a primeira-família dos Estados Unidos.

O britânico tem outra micro-obra impressionante: o astronauta Neil Armstrong sobre a superfície da Lua. Ele começou a trabalhar como microesculturas quando ainda era um menino e se sentia infeliz na escola. Naquele tempo ele costumava criar casas para formigas no jardim da casa em que morava.

"Minha mãe me disse que quanto menor fosse o tamanho da minha obra maior seria o meu nome", contou Willard, ao "Daily Mail".
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Estou impressionada até agora... putz, num grão de areia... parece mentira... mas o cara é bom mesmo!!!

Ansiedade ...


Aí, aí ... tenho andado bem ansiosa... principalmente nesse final do mês de março ... e depois que vi que tiraram um arquivo do site...

terça-feira, 23 de março de 2010

Astrologia . . .


Caracterísitcas dos signos

OS SIGNOS ATRAVESSANDO A RUA

Por que o Ariano atravessou a rua?
Certamente para bater boca com alguém que estava do outro lado.

Por que o Taurino atravessou a rua?
Porque encasquetou com a idéia.

Por que o Geminiano atravessou a rua?
Se nem ele sabe, como é que eu vou saber?

Por que o Canceriano atravessou a rua?
Porque estava se sentindo só e abandonado deste lado de cá.

Por que o Leonino atravessou a rua?
Para chamar a atenção, sair nos jornais, revistas, etc.

Por que o Virginiano atravessou a rua?
Ele ainda não atravessou porque está medindo a largura da rua, a velocidade dos carros, se essa experiência é válida, qual seria a melhor hora de atravessar essa rua, etc.

Por que o Libriano atravessou a rua?
Ele nem precisou atravessar. Alguém acabou oferecendo carona para ele.

Por que o Escorpiano atravessou a rua?
Porque era proibido.

Por que o Sagitariano atravessou a rua?
Porque a idéia pareceu maneira e deu vontade.

Por que o Capricorniano atravessou a rua?
Porque foi pechinchar nas lojas do outro lado.

Por que o Aquariano atravessou a rua?
Porque isso faz parte de uma experiência que trará incontáveis avanços tecnológicos no futuro.

Por que o Pisciano atravessou a rua?
Que rua? Ih, é ...

REAÇÕES DE CADA SIGNO

Veja como bate direitinho o seu signo...
Estavam em uma casa reunidos num almoço 12 pessoas, uma de cada signo. De repente entra uma décima terceira, ofegante, dizendo que acabou de ser assaltada. Aqui estão as reações de cada signo:

ÁRIES: Da um soco na mesa e diz: - Mas que droga! Não se pode andar mais tranqüilo na rua nos dias de hoje!

TOURO: Comenta sem se preocupar muito: - Ah, o importante é que você está bem... Vão os anéis mas ficam os dedos...

GÊMEOS: - E' impressionante o preço que pagamos pra conviver num meio urbano. E essa criminalidade é assustadora, pois as diferenças sociais se acentuam e bla bla bla... (fica falando por meia hora)

CÂNCER: Preocupado, vai confortar a vítima: "Senta aqui... Você está bem? Tem certeza que não se machucou? Quer um copo d'água com açúcar?"

LEÃO: - Vou pegar esse fdp!!...e sai correndo porta afora.

VIRGEM: Rodando, preocupado: - Vocês tem certeza que não é melhor chamar um médico? Ou medir a temperatura?

LIBRA: - Ah, gente, não foi nada, só um assaltozinho à toa... Eu mesmo já passei por 5...

ESCORPIÃO : Diz pra si mesmo, revoltado: - É nessas horas que é bom andar armado...

SAGITÁRIO : Vamos dar queixa na polícia!

CAPRICÓRNIO: - Quanto levaram ??

AQUÁRIO: - Ah, pessoal, já que tá todo mundo bem, por que não esquecemos essa estória e vamos jogar Banco Imobiliário ?

PEIXES: (para a vítima, bem sério:) - Toma esse amuleto, guarda com você... Protege contra assaltos...

ADESIVOS DOS SIGNOS

Escolha o adesivo para o vidro do seu carro de acordo com o seu signo:

ÁRIES : "Passa por cima, Ô babaca!"

TOURO : "Não tenho tudo que amo...mas é uma questão de tempo e paciência..."

GÊMEOS: "Não me siga, posso mudar de destino a qualquer momento"

CÂNCER: "Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho"

LEÃO: "Tudo que tenho me ama"

VIRGEM : "Não me siga. Preciso passar no médico"

LIBRA: "Não tenho tudo que amo, mas vou ficar conhecendo no sábado à noite"

ESCORPIÃO: "Não "possuo" tudo que amo, mas amo tudo que "possuo". E cuido bem de perto"

SAGITÁRIO: "Não tenho tudo que amo, mas também nada que me ama me tem"

CAPRICÓRNIO: "Tenho tudo que amo, e trabalho muito para ter mais ainda"

AQUÁRIO : "Não tenho tudo que amo, mas tô pouco me lixando para posses"

PEIXES : "Não me siga. Também não me lembro pra onde eu estava indo"

FRASE DE CADA SIGNO

Áries: "Não sei bem o que quero, só sei que quero JÁ!"

Touro : "Amor numa cabana? Só se for 5 ESTRELAS."

Gêmeos: "Odeio fofocas.... Masssss...."

Câncer: "Lar,....meu doce LAR!"

Leão: "Antigamente EU era vaidoso, mas agora me curei e estou PERFEITO!"

Virgem : "Já te disse que sou SUPER DEMOCRATA, mas por que você ainda não fez o que eu MANDEI?"

Libra : "A justiça tarda mas não falha, pois está sempre COMIGO."

Escorpião : "Sou super LIBERAL... Mas onde você foi, MESMO?"

Sagitário: "Já te disse 1.000.000 de vezes que NUNCA EXAGERO!"

Capricórnio: "HOJE assumi o cargo de vice-diretor de uma empresa que ORGANIZAREI, e será sucesso daqui a 10 ANOS."

Aquário: "Já estou guardando grana, para construir a NOSSA bela casa lá na LUA."

Peixes: "Ontem tinha DÚVIDAS, hoje... NÃO SEI!"

COMO IRRITAR CADA SIGNO

ARIES: Fale com eles dando uma enorme pausa entre as palavras. Não deixe que eles falem, ou, se falarem, corte pelo meio.

TOURO: Gaste o dinheiro deles, peça para dar uma dentada no seu sanduíche ou na sua maçã, desperdice seu material, não devolva suas coisas.

GÊMEOS: Aborreça-os com lágrimas e longos monólogos sobre sua vida emocional. Não converse com eles, em absoluto.

CÂNCER: Insulte suas mães (com classe, é claro).Critique suas casas. Advirta-os de que eles podem perder o emprego. Diga que aquela foto de família pendurada na sala é brega e confunda o retrato da "vovozinha querida com o Mike Tyson.

LEÃO: Ignore-os. Esqueça o nome deles e pergunte "Qual é mesmo o seu nome?". Em público, não os apresente às pessoas importantes.

VIRGEM: Choramingue bastante. Desarrume sua casa, atrapalhe sua programação, esqueça de atarraxar a pasta de dente. Diante do armário do banheiro, indague: "para que tanto remédio?".

LIBRA: Diga bastante - "Isso é com você, decida logo!". Leve-os a locais feios. Aja de forma grosseira em público, tire melecas, arrote, fale palavrões, vire cerveja na mesa, chame o garçom pelo nome.

ESCORPIÃO: Faça perguntas pessoais. Saiba muito sobre eles e dê a entender. Obtenha mais sucesso do que eles e se vanglorie. Repita sempre: -"Isso não é da sua conta!"

SAGITÁRIO: Dê a eles bastantes responsabilidades. Coloque realismo na sua filosofia. Nunca ria das piadas deles. Não tope nenhuma aventura ou quebra de rotina e esteja sempre de mau-humor.

CAPRICÓRNIO: Organize tudo para que se sintam inúteis. Lembre-os de sua baixa posição social. Embarace-os em público: faça escândalos, berre com eles. Deixe-os esperando, nunca chegue na hora marcada.

AQUÁRIO: Torne-se pessoal e íntimo. Ao encontrá-los, dê um longo abraço e fique apertando-o contra o peito, emocionado, lacrimejante. Insista para que eles liguem várias vezes por dia para posicioná-los de seus movimentos.

PEIXES: Diga para agarrarem-se a si mesmos e esquecerem dos outros. Marque encontro com eles em locais brilhantes, barulhentos, superpovoados. Deixe-os falando sem parar e no fim diga que não entendeu nada.

Quem é seu amante?

(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do original 'Hay que buscarse un Amante')

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente, são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: 'Depressão', além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: 'Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!' Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: AMANTE é 'aquilo que nos apaixona', é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...Enfim, é 'alguém' ou 'algo' que nos faz 'namorar' a vida e nos afasta do triste destino de 'ir levando'.
E o que é 'ir levando'? Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando", procure um amante, seja também um amante e um protaganista... DA SUA VIDA!
Acredite: O trágico não é morrer, afinal, a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver. Por isso, e sem mais delongas, procure um Amante ...
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo Transcendental: 'PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO SEMPRE AMAR A DEUS, NAMORAR A VIDA , VIVER... '

LEMBRE-SE: É NECESSÁRIO ENCONTRAR UMA EMOÇÃO MAIOR PARA ELIMINAR UMA EMOÇÃO MENOR.

segunda-feira, 22 de março de 2010