domingo, 3 de julho de 2011

Homenagem às amizades que insistem em não dar certo



Todo dia um ninguém josé acorda já deitado.
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado.
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia.
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado.
De que o dia insiste em nascer?
Mas o dia insiste em nascer
pra ver deitar o novo.

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada.
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada.
Todo o carnaval tem seu fim.
Todo o carnaval tem seu fim.
E é o fim, e é o fim.

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz.

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco.
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco.
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado.
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado.
E pinta o estandarte de azul.
E põe suas estrelas no azul.
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz.

Eu tento... juro que sim, mas como diz o Rodrigo: "o que não me rende, não me faz falta".
O ser humano "perdeu a mão" mesmo... e não vejo alternativas súbitas.

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