segunda-feira, 7 de março de 2011

"A Ilha do Medo"


O que um bom filme de suspense precisa ter? Ação? Nem tanto. Um bom elenco? Ajuda. Roteiro e direção de qualidade? Certamente. As perguntas e respostas anteriores sintetizam o que é Ilha do Medo, filme estrelado por Leonardo DiCaprio apoiado por um elenco competente, multinacional e muito luxuoso.

A abertura simples acompanhada dos acordes iniciais de uma trilha absolutamente memorável já deixa o espectador com a impressão que está diante de um filmão. O que pode ser comprovado logo em seguida na apresentação magistral (visual e falada) de onde vai se desenrolar a trama. É quase impossível não ser pego nestes primeiros minutos e este é o grande barato da história: gerar envolvimento.

Di Caprio vive um agente federal atormentado pelo passado diante de uma trama psicológica que vai envolver você do começo ao fim, fazendo lembrar os bons filmes de mestres do gênero, do qual Martin Scorsese não faz parte, mas poderia porque cumpriu a missão com maestria.

Ilha do Medo entra para o rol dos suspenses de qualidade realizado por alguém que tem hábito de andar por outras praias, mas quando se aproxima do mar com fez em Cabo do Medo, parece se sentir a vontade e consegue resultados de tirar o fôlego.

Repleto de referências cinematográficas e históricas (visuais e auditivas), o longa faz jus ao título que ganhou no Brasil e assusta, crescendo minuto a minuto. Quem gosta de tramas complicadas (não complexas) com enigmas, anagramas, traumas, alucinações e, claro , cenas impactantes, vigorosas e, algumas, que beiram um surrealismo de tirar o chapéu, não perde por esperar.

O visual bem elaborado em todos os ambientes do filme, externos e internos, faz com que eles atuem junto com os atores e o resultado é impressionante...impactante...insano. Bem vindo à Ilha do Medo.

Quem sou eu? Quem é você? Tomou seu remédio hoje? Está com abstinência?...
Pense bem ...

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